INTRODUÇÃO
Passadas as maiores batalhas da Reforma Protestante, no século XVI, os
teólogos reformados divergiam quanto ao número de marcas da de uma igreja que
poderia ser chamada de reformada.
Talvez, hoje, 500 anos depois, ainda devemos buscar estas mesmas marcas,
estes sinais que distinguem uma igreja que se diz protestante e se diz fruto de
uma reforma espiritual e religiosa. Neste pluralismo teológico, litúrgico,
eclesiástico, ainda devemos buscar estas marcas, caso contrário vamos nos
diluindo tanto que ficaremos irreconhecíveis. Estamos correndo o risco de
termos uma identidade parecida com frankenstein, um corpo que tem um pedaço de
cada ser, mas que não tem uma identidade definida.
Voltando ao século XVI, alguns entendiam que era necessária apenas uma
marca para qualificar uma igreja como reformada, a pregação da sã doutrina. Se
esta estiver presente todo o propósito de Deus se cumprirá na igreja.
A Bíblia faz a sua própria reforma. Lutero dizia: “Eu não fiz a reforma,
a Bíblia a fez”.
Outros reformadores, no entanto, dentre eles João Calvino, falavam de
duas marcas, a sã pregação da Palavra e a correta ministração dos sacramentos,
isto é a Ceita e o Batismo.
Um outro grupo acrescentou a estas uma terceira marca, o fiel
exercício da disciplina eclesiástica. Aliás, estas três marcas (a sã pregação
da Palavra de Deus, a correta ministração dos sacramentos e o exercício da
disciplina eclesiástica, foram contempladas na Confissão Belga.
É possível que todos os teólogos reformados estejam corretos. De fato se
uma igreja for zelosa com a pregação da sã doutrina, ela terá muita facilidade
em ser uma igreja bíblica, verdadeira, reformada e sempre se reformando.
No entanto podemos entender a pregação da sã doutrina como a marca
primeira, maior e principal, de onde provém todas as outras. Mas seria
interessante acompanhar o pensamento dos reformadores quanto as outras duas
marcas, que tem a ver com liturgia (prática dos sacramentos) e da membresia (disciplina
eclesiástica). Assim atrevo-me a dizer que as marcas de uma igreja reformada
passam pela sua teologia (a sã pregação das Escrituras), pela sua liturgia (a
forma como celebra os seus sacramentos e as demais partes do culto) e a sua
membresia (aspectos ligados à disciplina de seus membros).
Vejamos estes pontos com mais precisão:
I - A IGREJA REFORMADA TEM UMA TEOLOGIA
BÍBLICA
Se a Bíblia fez a Reforma, uma igreja para continuar sempre se reformando
precisará estar sujeita à sã doutrina. Neste ponto precisamos refletir se
estamos pregando a Bíblia, pois na maioria das vezes estamos. Em alguns
momentos de devaneios trocamos pregação por peças teatrais, vídeos, danças,
musicais e coisas semelhantes, mas tais práticas, devem ser exceção.
O que devemos perguntar é se estamos pregando toda Escritura, todo o
desígnio de Deus para o seu povo, conforme fazia Paula aos efésios.
Atos 20.27: porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.
É notável a ênfase que Paulo dá à necessidade de preguemos toda a
Escritura, e não somente as partes que mais gostamos, ou as que o povo mais
gosta de ouvir, mas toda a Escritura, seja observada e pregada2 Tm. 3. 16-17: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a
fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra".
Somente a pregação criteriosa, sistemática, expositiva, dedicada, dará
condições para que o Espírito Santo ensine, corrija, exorte, repreenda e
conduza todo homem à perfeição e à prática de toda boa obra. Sem pregação das
Escrituras o Espírito Santo não age pois estas são a sua espada. Sem a Bíblia
não há ação espiritual eficaz (Ef. 6.17).
Quando os pregadores, por preguiça, indolência ou imperícia, deixam de
pregar a Bíblia toda de um modo eficaz, um espírito de pecado, lentamente vai
se apossando da membresia. O profeta Oséias nos diz que, “um povo sem
entendimento precipita-se à ruína!” (Os 4.14) e que o povo sem conhecimento é destruído
(4.6). “O meu povo é tolo, eles não me conhecem. São crianças insensatas
que nada compreendem. São hábeis para praticar o mal, mas não sabem fazer o
bem.” (4.22).
A ausência da pregação pura, simples e completa leva a igreja um
comportamento que começa com o mundanismo (conversa mundana, moda mundana,
namoro mundano, festividades mundanas, entretenimentos mundanos, lugares
mundanos, amizades mundanos, etc.). O próximo passo é a incredulidade.
Uma vez a mundanidade instalada no coração do homem, os próximos passos serão a
insensibilidade e a incredulidade, onde o homem, mesmo salvo, não crê em nada,
não sente nada, não chora por nada, não se alegra em nada, não tem esperança em
nada e não ama mais nada e a ninguém.
A fé vem pelo ouvir a pregação:
Romanos 10.17: "Portanto, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela
palavra de Cristo".
Não havendo pregação restam apenas a mundanidade, a insensibilidade e a
incredulidade. A incredulidade leva o homem a perder todo o interesse
pela verdade. Assim, às vezes, estamos lidando em nossas igrejas com gente que
não crê em mais nada.
Talvez aqui, neste ponto crucial, cada um de nós deva tomar a decisão de
continuar pregando a palavra com um zelo dobrado, com um ânimo retomado, com
uma varonilidade sem igual, para que os nossos ouvintes não se percam.
Temos para isto auxílio da própria Escritura:
2 Tm 4.1-5: "Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de
julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a
palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com
toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a
sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias
cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos
à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as
coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre
cabalmente o teu ministério".
Este tempo chegou. As pessoas parecem não suportar mais a sã doutrina. O
tempo parece ser de fato das fábulas, das historinhas, dos vídeos interessantes
e das fantasias.
É preciso reagir. Façamos nossas as palavras de Antônio Vieira, que no
final de sua mensagem sobre a parábola do semeador nos conclama os pregadores:
“Veja o céu que ainda tem na terra quem se poe da sua parte. Saiba o
inferno que ainda há na terra quem lhe faça guerra com a palavra de Deus; e
saiba a mesma terra, que ainda pode reverdecer, e dar muito fruto.” (Sermões.
Volume I, Lello e Irmão Editores, pg. 36).
II - A IGREJA REFORMADA TEM UMA LITURGIA
CORRETA
Os reformadores entendiam que a liturgia, em especial os sacramentos,
eram marcas fundamentais da igreja de Cristo, específicas dela e de nenhuma
outra instituição sobre a face da terra. Nos sacramentos (batismo e ceia) Deus
age com sua graça na igreja, Deus visita a igreja, diziam eles.
Permitam-me refletir com os irmãos não apenas nos Sacramentos, ou como
alguns preferem chamar, nos cerimoniais, sabendo que um termo é diferente do
outro, mas em toda a nossa liturgia cristã reformada.
Estamos experimentando hoje o maior colapso litúrgico da história da
igreja evangélica brasileira. Os pastores abdicaram do ofício de cuidar da
liturgia, do cerimonial de suas das igrejas e permitiram que esta fosse conduzida
por jovens e adolescentes. Saiu de cena o teólogo e ocupou o seu espaço o
artista, o músico, etc. A teologia curvou-se diante da coreografia. O púlpito
foi afastado para que as luzes, as cores e as formas entrassem em cena. A
adoração em “espírito e em verdade” foi substituída pelo que se vê, pelo belo e
pelo desempenho. A reverência tão comum às igrejas se perdeu em meio à tamanha
movimentação de “figurinos”. A oração se tornou menos intensa que os “ensaios”
e as antigas salas missionárias se tornaram oficinas de dança.
As músicas perderam a letra em detrimento da melodia e da forma. Não
importa o que se canta, mas sim, o como se faz. A forma sobrepujou o
conteúdo.
O pior de tudo é que Satanás conseguiu tirar Jesus de nossas músicas.
Cristo saiu do centro do louvor, perdeu o seu lugar para um tal de “rio” ou
“vento”, ou “unção” e até para o “eu”. O arrependimento, a contrição, a
tristeza segundo Deus, desapareceram da música. Canta-se somente a
vitória, o andar sobre as águas, o voar nas asas do Espírito, o banhar no rio,
o fluir do Espírito, a unção. São músicas que alegram os crentes, os espíritas,
os católicos e os judeus e a qualquer grupo, pois não exigem nenhum
posicionamento doutrinário.
A liturgia precisa representar a história da salvação, precisa fazer
menção ao sangue derramado na cruz, precisa levar à confissão, ao
arrependimento, à decisão de se abandonar pecados.
Às vezes achamos que a maneira que cultuamos, a forma de nossa liturgia,
não tem nada a ver com a nossa teologia. Não é verdade. O que cremos toma forma
em nossos cultos. Se cremos que Deus responde às nossas orações, por exemplo,
então os cultos são permeados de oração. Se esperamos que o mundo seja salvo
então há mensagens evangelísticas em nossos púlpitos. Se, pelo contrário,
fazemos pouca alusão ao Céu, os cultos serão permeados de autoajuda,
confraternização e ênfase em relacionamentos tão somente horizontais. Se
esperamos que o reino de Deus seja implantado em todo o mundo fazemos cultos
missionários regularmente. O que cremos, o que professamos, se exterioriza em
forma de liturgia.
Talvez aqui, neste ponto, devemos concordar com os reformadores quando
entenderam que uma igreja reformada precisa de uma só marca, a pregação da sã
doutrina. De fato, se a sã doutrina for pregada a liturgia será cheia de
teologia. Vivemos de acordo com o que cremos. Uma liturgia revela se a
igreja é zelosa ou relaxada em seu serviço, centralizada no bem estar do homem
ou na glória de Deus, missionária ou não, evangelizadora ou quer apenas
melhorar o homem. De fato, a nossa teologia define a nossa liturgia.
Nesse tempo as pessoas sérias das igrejas; as que entendem que há
teologia na liturgia; as que querem prestar um culto a Deus e não assistirem a
um show; as que entendem que a igreja é a Casa de Deus e não um teatro; as que
querem o púlpito no centro devem tomar o seu lugar na igreja de Cristo e
reconduzir o culto àquela posição de onde nunca deveria ter saído.
A palavra chave aqui é “coragem”. Os líderes sérios, zelosos precisam ter
coragem para retomar, para reconduzir, para orientar e até para proibir. Que
Deus levante uma geração assim, corajosa. A covardia nunca foi bem vista aos
olhos de Deus e nem aos olhos dos homens.
Calvino levou tanto a sério esta questão da liturgia, e especialmente dos
sacramentos, que, obrigado judicialmente a ministrar a ceia do Senhor a homens
mundanos de Genebra, não o fez. Durante a ministração da ceia, ele
estendeu o braço e disse: cortem-me as mãos, mas eu não servirei nada aos
senhores.
John Knox, da mesma forma, em um tempo em que católicos e protestantes
alternavam no trono da Inglaterra, onde havia quase que um sincretismo por
parte dos dois lados. Os protestantes, por exemplo, foram ensinados a
ajoelharem-se diante da ceia do Senhor. Knox nunca aceitou nada que não fosse
cristológico e bíblico. Ao decidir não ajoelhar-se afirmou:
Ajoelhar-se torna os elementos em ídolos. O movimento externo do corpo,
sem o movimento interno do coração, nada mais é que macaquear, e não serve
verdadeiramente a Deus.
Ouçamos finalmente o Apóstolo Paulo: "No zelo, não sejais remissos;
sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor" (Romanos 12.11).
III - A IGREJA REFORMADA TEM UMA
DISCIPLINA SAUDÁVEL.
Os reformadores, com a Bíblia na mão entenderam que a membresia de uma
igreja crista deveria diferenciar da membresia da igreja católica.
O governo desta igreja é diferente, diziam eles: As igrejas locais devem
ser governadas por homens qualificados espiritualmente.
A igreja deveria ser submissa a estes líderes. Estes, por sua vez, serão
cobrados pela vida de cada membro:
Hb 13.17: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles;
pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto
com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros".
Por isso deviam ser modelos do rebanho e nunca dominadores destes:
1Pe 5.3: "nem como dominadores dos que vos foram confiados,
antes, tornando-vos modelos do rebanho".
O que mudou no governo da igreja? O que distinguia o sacerdócio
protestante do católico? A motivação, o espírito com que ministram.
Os pastores e presbíteros eram um com o rebanho e não distinto deste.
Eles tinham dons ministeriais que os levavam a servir e não serem servidos.
Eles resgataram as palavras de Jesus que dizia que maior é o quer serve (Mc
22.27).
Como precisamos deste espírito hoje em dia. Os líderes devem servir ao
rebanho e não buscar seu próprio benefício.
Nas igrejas verdadeiramente reformadas os líderes são companheiros de
caminhada e não pessoas melhores ou maiores do que o rebanho.
Pastores grandes demais, fortes demais, proeminentes demais, famosos
demais, não fazem parte da igreja reformada. Quando Martinho Lutero soube que
os crentes da Alemanha se denominavam “luteranos”, se entristeceu muito.
perguntava-se como a igreja de Cristo se permitia se chamar pelo nome de
um homem tão pecador.
A igreja protestante, no entanto não abdica do governo da igreja. Este
deve ser exercido em conformidade com os requisitos bíblicos, tão bem resumidos
nas cartas de Paulo a Timóteo e a Tito.
Se há governo na igreja há também ordem e leis, e por conseguinte,
disciplina eclesiástica. Ela ajuda a manter a pureza da igreja.
Muitos crentes hoje não querem ser mais membros das igrejas, para não
serem, em algum tempo exortados, repreendidos e disciplinados. Até mesmo alguns
obreiros preferem ser autônomos, sem nenhuma denominação, para não responderem
a ninguém.
A nossa geração não aceita com facilidade o julgo eclesiástico e a
disciplina cristã. O hábito de mudar de igreja, por exemplo, é uma das características
de nossos crentes. Assim, eles somente ficarão em determinada igreja enquanto
lhes for ali conveniente.
Ir embora e ser abraçado por outra igreja parece ser uma prática comum
entre nós. Até mesmo os pastores migram de uma denominação para outra com uma
facilidade tremenda, às vezes sem nenhuma carta de apresentação, sem um nada
consta, sem nada, da igreja ou denominação de origem. A nossa geração despreza
a disciplina.
Infelizmente aprendemos a lidar com essa gente da maneira dela. Nos
rendemos a este estado de coisa. Qual foi a última vez. Por exemplo, que você
ouviu falar de carta de apresentação ou carta de transferência de um membro?
Disciplinados de uma igreja hoje estão cantando e até pregando em outra igreja
no domingo seguinte.
Não nos enganemos, no entanto. A disciplina eclesiástica é bíblica e
os reformadores descobriram isso desde cedo.
Somos membros de uma família, de um rebanho, de um corpo, e como tais
seguimos regaras e normas.
Ser membro de uma igreja reformada é sujeitar-se ao seu governo e à sua
disciplina. Os que abrem mão deste princípio leva os seus crentes a pecados
cada vez maiores e a uma condenação maior.
As igrejas neotestamentárias tinham rol de membros, muitos deles citados
na própria Escritura, basta ver a lista de pessoas citadas por Paulo em Romanos
16.
Eles eram disciplinados pela liderança para aproveitamento:
1 Co 5.11-13: "Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis
com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou
maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. Pois
com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de
dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o
malfeitor".
Quando os cristãos mudavam-se para outros lugares, eles levavam cartas de
recomendações constatando que eles eram membros de outras igrejas:
At 18.27: "Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos e
escreveram aos discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito
aqueles que, mediante a graça, haviam crido".
Deve haver governo, e membresia e disciplina para que a igreja seja
reconhecidamente uma igreja reformada.
É na prática da disciplina que a igreja ajuda os seus membros a serem
mais santos e a lutarem bravamente contra o pecado. Lembrando que a
disciplina não se redunda apenas em castigo, mas principalmente na condução do
irmão, de volta, às práticas devocionais, especialmente à oração, à leitura da
Bíblia e à comunhão com os irmãos.
Talvez a grande ausência de disciplina na igreja hoje esteja no fato de
que nós mesmos, os líderes, perdemos a autoridade para disciplinar, por causa
de nossas vidas distanciadas do evangelho. Talvez ainda pelo receio que temos
de perder pessoas de nossa igreja. Não nos esqueçamos, no entanto que a não
disciplina produzirá a seu tempo os efeitos negativos.
Jim Eliif nos ensina assim:
Se vocês amam as pessoas e a Deus, farão isso. Se negligenciarem a
disciplina na igreja, serão desobedientes ao Cabeça da igreja, Jesus Cristo,
que ordenou que vocês fizessem isso. Nossos antepassados não foram negligentes
às suas responsabilidades de disciplinar, como o são muitas de nossas igrejas
hoje.
O resultado da diligência de nossos antepassados foi um vigoroso
contingente de igreja naquele período mais vibrante de testemunho e de
crescimento exponencial. John L. Dagg, um dos líderes batistas, disse: “Quando
a disciplina abandona uma igreja, Cristo a abandona juntamente com aquela”. É
obrigação de líderes centralizados nas Escrituras, como vocês, restaurarem esta
prática bíblica.
CONCLUSÃO
As igrejas protestantes e reformadas tinham muitas outras marcas, no
entanto estas se mostraram como as principais para a maioria dos reformadores.
Penso que faríamos um bem enorme ao Reino de Deus se as
experimentássemos em nossas igrejas e ministérios.
Uma igreja reformada e sempre reformando não perderá a oportunidade de
pregar a sã doutrina, de cuidar para que sua liturgia seja cheia de teologia e
de cuidar de sua membresia com maior zelo.
Quem pode se dizer um obreiro reformado? Aquele que dentre as muitas
marcas se esforça por uma pregação de toda Escritura, por uma liturgia que
atraia primeiramente a simpatia de Deus e depois dos homens, e por fim leve em
conta o cuidado com a membresia e a disciplina na igreja. Os que fizerem assim
poderão ser considerados como participantes de uma igreja reformada, que está
sempre se reformando.
Pr. Luiz César de Araújo.