INTRODUÇÃO
A Bíblia fala
muito em experiências transcendentais enriquecedoras vividas por homens como
Moisés, Elias, Isaías, João, Pedro e Paulo. Ela fala muito de anjos aparecendo
a Abraão, Ló. Pedro, etc.
A Bíblia fala
muito de experiência de fé, basta ler Hebreus 11 que se terá um verdadeiro
manual de fé, e se verá pessoas que experimentaram o poder de Deus em suas
vidas, experiências sobrenaturais que vão além da lógica e do natural.
De fato
quando oramos entendemos que entramos numa dimensão não física, mas espiritual
(Hb. 10:19-25).
Somos
informados que vivemos uma vida física envolta por um mundo espiritual (Ef.
6:12). Os anjos nos rodeiam (Hb. 12:22) e fazemos parte de uma assembleia
espiritual. Nós mesmos temos em nós uma parte imaterial, espiritual, imortal,
que se relaciona com Deus (Gl 5:16-17). A nossa adoração, por exemplo, deve ser
feita em espírito e em verdade (Jo. 4:19-24).
O problema é
que partindo destes exercícios mencionados muitos têm entrado em um terreno que
não tem autorização bíblica para entrar, o que pode ser considerado como
loucura ou como misticismo. Vejamos:
I- A FÉ E A LOUCURA
A linha que separa a fé da loucura é muito
fina. A história tem demonstrado que é
possível passar de um lado para o outro com muita facilidade. Algumas pessoas
em nome da fé pularam de lugares altos, passaram por cima de brasas,
abandonaram seus familiares, se dedicando a exercícios que vão além dos limites
do corpo. Jesus foi tentado certa vez a partir da fé para a loucura quando
Satanás sugere que ele pule do pináculo do templo (Mt. 4:6).
Quantos hoje em dia deixaram a
simplicidade do evangelho e estão atrás de experiências que parecem mais atos
de loucura do que de fé. Pessoas perdem o controle de suas mentes e querem ser
arrebatadas, entrar num estado de transe, ter visões sobrenaturais. Estas
correm o risco de serem facilmente manipuladas por pessoas sem preparo emocional
e espiritual a entrarem num universo de insensatez e desequilíbrio mental e
espiritual. A neurose e a loucura substituem a “fé” desprovida da orientação
bíblica coerente e sólida.
II- A FÉ E O MISTICISMO
Dos pensamentos
desprovidos de razão, a fé louca leva a práticas loucas. Um comportamento
desprovido de razão e base bíblica acompanhará aquele que atravessa a tênue linha
que separa a fé da loucura.
Alguns trocam
os exercícios simples citados na Bíblia por verdadeiras seções de misticismo.
Alguns não oram mais, querem ser arrebatados; outros não leem mais a Bíblia,
querem a revelação através de “profecia”; alguns não confessam mais os seus
pecados, preferem participar de reuniões tipo “quebra de maldição”. Existem os
que acham que Deus só ouve a oração feita em vigília, no monte ou de madrugada.
O que é mais
perigoso é que muitas igrejas se tornaram verdadeiros centros de espiritismo,
orando a anjos, ungindo objetos, conversando com demônios, sacralizando a
posição do corpo, das mãos, rodeando o templo sete vezes, e coisas assim.
Ainda se tem ouvido de obreiros que são quase
que “gurus” da fé. Pessoas que a si mesmos se intitulam os maiores
representantes de Deus no mundo. Agem como pais de santo atraindo pessoas a
elas, dizendo que têm uma “unção” diferente dos outros crentes, contrariando o
princípio do Novo Testamento que diz que todos os crentes são sacerdotes e ministradores
diante de Deus (1 Pe. 2:9).
Gente essa
que se aproveita do analfabetismo bíblico dos outros para criarem seus próprios
reinos e exaltarem os seus nomes e não o de Cristo (Fl. 2:21). Paulo fala dos
que entram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar pessoas que jamais
chegam ao conhecimento da verdade (2 Tm 3.6,7).
Conclusão
O que devemos
fazer diante essa possibilidade de partir da fé para a loucura e o misticismo?
Qual deve ser a nossa postura? Vejamos:
Pr.
Luiz César